terça-feira, 13 de setembro de 2011

PARTIDINHA DO MARQUÊS DE POMBAL

                           Mesmo aceitando que o Marquês poderia ter motivos suficientes para "não ir muito à bola com os Jesuitas" sempre achei que ele terá ido longe de mais para, de uma forma tão sumária, os expulsar de Portugal.
                           Mesmo aceitando que, os Távora, movidos por motivos de ordem política, terão querido mesmo "limpar o sarampo" ao Rei D. José (a seguir seria o Marquês), sempre achei que ele terá ido longe de mais, quando condenou à morte criminosos e inocentes, só porque nas veias lhes corria sangue Távora.
                           Mas...manda a verdade que se diga que, o polémico Ministro de D. José, terá sido, no que diz respeito à governação, o melhor Ministro de Portugal de todos os tempos.
                           Bem... trata-se da minha opinião e a de muitos  por esse país fora. Claro que há quem o veja de maneira completamente diferente.
                           Toda esta conversa para ficar por aqui mais um dos meus muitos insólitos sonhos.
                           Foi assim: eu estava numa casa vulgaríssima (uma casa de pequenas dimensões) acompanhado por alguém ( os sonhos são mesmo assim) de quem não vi o rosto.
                           Ao fundo dessa casa vulgaríssima e de pequenas dimensões encontrava-se uma caixa de pedra com inscrições embutidas no tampo. Tratava-se (vejam só) do túmulo do Marquês de Pombal.
                           A determinada altura disse para alguém de quem não vi o rosto, que a caixa de pedra, isto é, que o Túmulo do Marquês tinha sido alvo duma tentativa de violação. Uma forte gargalhada cortou o fúnebre silêncio. Sem perceber de onde partira tão arrepiante gargalhada, olhei atentamernte para a caixa de pedra, isto para o túmulo do Marquês e reparei que, muito lentamente, o tampo da caixa de pedra, isto é, o tampo do Túmulo do Marquês se ia levantando.
                          Não tardou que, imponente, exibindo a sua admirável cabeleira branca e um brilhante casaco de veludo verde, ornamentado com vistosos galões dourados, o Marquês saísse do túmulo.
                          Aterrado, que a situação era mesmo de arrepiar, vi o Marquês vir na minha direção.
                          Claro que só havia uma coisa a fazer:fugir daquele que, mesmo cadáver há mais de duzentos anos. ainda tinha conseguido sair do túmulo.
                          Então corri, corri, corri, e quando já pensava que iria ser apnhado pelo Marquês, que o fulano mesmo morto há mais de duzentos anos ainda apresentava uma excelente condição física, surge a salvação: na minha frente um elevador. Chamei o sobe-e desce que foi mais rápido do que qualquer elevador a subir e a descer em qualquer lugar deste ou de qualquer outro Planeta.
                          O pior é que, o elevador estava avariado e a porta não abria o suficiente para eu poder entrar. Tive então uma ideia: encostei o ombro ao extremo da porta e com bastante força fui empurrando, empurrando, convencido de que conseguiria abrir aquilo que julguei ser a minha salvação. Tanto empurrei, tanto empurrei que, caindo da cama, vim bater com os costados no chão, ficando seriamente dorido.
                          No dia seguinte, junto ao terminal dos expressos da Lourinha, contando eu o insólito sonho a quem me acompanhava, tive este desabafo: "Vejam só...o sacana do Marquês duzentos anos depois de se ter apagado ainda faz das suas..."
                          Nesse preciso momento, isto é, mal tinha acabado de ofender ligeiramente o Ministro de D. José, já eu, que levava as mãos ocupadas com algumas pastas de trabalho, me rebolava na calçada, perante a surpresa de quem me acompanhava. É que, com a conversa, não reparando num separador de passeio, não levantei a patinha o suficiente e taruz, catrapuz!!!!  Então decidi: "Se este gajo ainda cá voltar, não voto nele, pronto!...

                         
                          

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