Passou, há já uns anitos, na televisão em Portugal, um programa com caracteristicas de concurso, cujo título "O gesto é tudo" é bastante elucidativo. Um programa que, embora não tenha estado muito tempo na grelha da programação, teve algum sucesso.
Claro que o gesto é tudo. É seguramente, juntamente com a voz, o meio mais natural de comunicação, um meio quase sempre usado de forma teatral.
Isso mesmo: de forma teatral.
Mas não entremos em metéria que daria pano para mangas que, o que se pretende aqui dizer, isto é, o que se pretende aqui escrever é tão simples como isto: há dias, na cidade de Beja comprei um CD com música daquela que apetece ouvir "alto e bom som", e que não evita o "abanar do capacete".
Porque, poderia incomodar pessoas que não gostam de ouvir música muito alta (eu próprio detesto e só tinha fugido ao que me é habitual por motivos de que não falarei aqui por pensar que não tem qualquer interesse), aproveitei o facto de a superfície comercial onde comprei o CD ter um parque de estacionamento enorme (uma "tia de Cascais diria, "enormérrimo!..." ) para me afastar o mais possível da zona aonde havia mais carros estacionados.
Acontece porém que, as pessoas que faziam a sua entrada pela zona sul do parque, tinham que passar obrigatorianente pelo local onde me encontrava a ouvir a tal música que eu havia acabado de comprar.
Porque, levado na onda eu ia abanando o capacete, quero dizer, ia abanando a cabeça com movimentos verticais, quem passava por mim, julgando tratar-se de um cumprimento, acabava por me cumprimentar juntando muitas vezes um sorriso ao cumprimento .
Não me lembro de alguma vez ter sido cumprimentado tantas vezes em tão pouco tempo.
josé Vargas
José Vargas
acabava
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